Conhecer a biodiversidade presente na Serra de Três Pontas é essencial para a conservação dessa Área de Proteção Ambiental. Por isso a Prefeitura de Três Pontas, através da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Turismo, promoveu seu segundo passeio ao local, levando gratuitamente mais 53 visitantes para conhecer as belezas e as paisagens do local.
A excursão aconteceu neste sábado, e quem se inscreveu teve que acordar cedo para não perder a oportunidade. O ponto de encontro foi a Praça Cônego Victor, de onde saíram dois ônibus de trespontanos, varginhenses e até belorizontinos. Os ônibus estacionaram na Fazenda da Serra, de onde os visitantes partiram a pé para subida até o cruzeiro, localizado no ponto mais alto da montanha.
Acompanhadas dos pais, muitas crianças mostravam a alegria de estar ali pela primeira vez e queriam subir logo, mas a caminhada seguiu o ritmo que agradasse a todos, inclusive uma mulher de 65 anos que não perdeu a oportunidade de conhecer o lugar: “O vento em cima da montanha parece que limpa a sujeira da alma”, foram as palavras de Elizabeth Margutii
Às 9h todos chegaram ao Cruzeiro, e aproveitaram para descansar da subida, fazer um lanche e até tirar fotos. Depois de uma longa pausa todos desceram, e às 11h30 todos estavam de volta à cidade.
Serra de Três Pontas
A serra que dá nome à cidade de Três Pontas possui um ecossistema valoroso, com grande diversidade de espécies da fauna e flora tropical, e um importante manancial hidrológico. A altitude atinge 1.234 metros acima do nível do mar, isso faz a montanha se destacar no ambiente. Embora pareça um sistema montanhoso isolado, a serra é considerada um prolongamento da Serra da Bocaina, localizada a cerca de 38 quilômetros de distância no município de Lavras que, por sua vez, é considerada contraforte da Serra da Mantiqueira.
O local também já foi parte de diversas histórias. Por volta do século XVIII, a serra era um ponto de referência para os viajantes e tropeiros que passavam pela região. Próximo à montanha também havia um quilombo, conhecido como Quilombo do Cascalho, ponto de refúgio de diversos escravos, mas que foi destruído pouco tempo depois. Na serra ainda existem pequenos muros de pedra, que possivelmente foram construídos por estes escravos durante sua permanência na região.
O local era muito frequentados por praticantes do motocross, e também por visitantes inconscientes da importância da importância do local, e as trilhas criadas deixavam sulcos na Serra deteriorando o ambiente. Mas em 25 de março de 2014, foi aprovada a lei 3.506, que criou um perímetro de Área de Proteção Ambiental na Serra de Três Pontas, para proteger, ordenar, garantir e disciplinar o uso racional dos recursos ambientais, inclusive suas nascentes de água, bem como ordenar o turismo recreativo, as atividades de pesquisa e promover o desenvolvimento sustentável.
A APA – Área de Proteção Ambiental da Serra de Três Pontas importa possui 3.163,84 ha (três mil, cento e sessenta e três hectares e oitenta e quatro mil metros quadrados), e suas divisas foram definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Hoje a a serra esta cicatrizando sozinha pelas trilhas feitas pelos motoqueiros, essas trilas já estão sendo preenchidas pela vegetação nativa.
Veja as fotografias capturada pela equipe da Secretaria de Cultura, Lazer e Turismo neste link:
http://canalultranativo.com.br/visita-serra-de-tres-pontas/
Texto: Canal UltraNativo