sexta-feira, 15 de abril de 2016

Sarau no Quintal faz quatro anos.

Secretária de Cultura, Débora Andrade, fala com exclusividade sobre o orgulho de tornar o evento freqüente.


O Sarau no quintal nasceu da necessidade de integrar pessoas e artes. É um projeto simples e não tem nada de original. A prática existe há tempos em muitas cidades, e sem dúvida tem o poder de despertar bons sentimentos. Débora Andrade, em nome da equipe da Secretaria de Cultura, diz que se orgulham por conseguirem manter o Sarau no Quintal frequente. Um evento que tem em sua essência a simplicidade e a grandiosidade, simultâneas. Cativou um publico fiel e novo.



Indagada sobre o surgimento do Sarau, Débora releva pela primeira vez que tudo aconteceu enquanto chegou até a Casa e conversando com a única funcionária de carreira, Keyre Mariano, empolgada e sedenta por coisas novas, foi possível identificar que não havia nada além de uma postura administrativa exercida pela Secretaria de Cultura, já existia o Memorial Aureliano Chaves, a única opção para visitação na época, o que era abordado por professoras com seus alunos e nisso se bastava, nada mais havia para se fazer na Casa da Cultura Alfredo Benassi. Foi a partir disso que toda a equipe se uniu para transformar a Casa em um lugar que receberia as pessoas, e isso começaria pelo Sarau no Quintal. Débora afirma que este é um lugar aonde deve haver interação entre pessoas e arte e Três Pontas têm esse potencial. Em duas semanas o Sarau estava montado, com a ajuda da população, exemplo disso foi Paula Becker, que segundo Débora, no primeiro evento trouxe toda sua turma para declamar poesias, somando para que, assim, o evento fosse conhecido e admirado, criando aos poucos seu público e sua história. Um evento essencialmente simples que foi se agigantando.



O Palco que começou com tábuas sobre pedras serviu também como palco para experimentos. Recebia pessoas já consagradas em suas respectivas artes, mas abraçou muita gente nova, tímida e talentosa. Exemplos disso são os queridinhos Bia e Gabriel, Danilo Santos, Amanda Rissi entre tantos outros, explica Débora. A Secretária reconhece o papel da Casa da Cultura em fornecer espaço para que as pessoas possam se apresentar, se unir e celebrar a arte e acrescenta: “ Muita gente já passou por aqui, adaptamos a Casa para que recebesse cada vez mais gente. O porão atualmente abriga o Memorial dos Prefeitos da Cidade e o Memorial da Banda Municipal, além do Cine Clube, onde as pessoas podem marcar para exibir filmes, discurtir e interagir. É no porão também aonde acontece os ensaios da Banda Municipal.” O Sarau já recebeu músicos de renome, como também exposições de artes diversas. Além de atividades feitas “ao vivo”, a exemplo, o Grafite do Kaká Chaz e Vitinho Shinoda. O palco sobre as pedras já equilibrou até a ginga de capoeira. Recebeu exposições fotográficas de fotógrafos da cidade e de fora, desenhos, pinturas, teatro, muita poesia e interpretação. Mais que isso, atualmente recebe exposições que ficam expostas para o público que faz visitações diárias, e já contam com as fixas onde estão presentes objetos antigos da cidade, como telefone e televisões, fotografias que contam a história da cidade. Adaptada para poder receber mais pessoas a Casa da Cultura tem vida e não apenas mensalmente. Para finalizar, a Secretária Débora Andrade diz que muitas pessoas pensaram que o Sarau não fosse durar e hoje ele completa 04 anos. “Independente de qualquer pessoa ou gestão, o feito não pode deixar de acontecer. Somos transitórios, devemos saber disso, mas acredito que a população não abrirá mão do Sarau ou de nenhum outro projeto que iniciamos, como o Encontro de Bandas, Arte na Praça, Cine Clube, Cine Férias e outros, e é isso que esperamos”. “Foi através do Sarau no Quintal que podemos ver tanta gente talentosa e genial surgindo e se mantendo. Para nós sempre serviu como uma seletiva para a criação de outros eventos, como Arte na Praça e tantos outros que levamos para fora daqui, deixando mais perto das pessoas a arte e seus benefícios.” O Palco usado para o Sarau no Quintal da Casa da Cultura é aberto e já recebeu das mais diversas atividades artísticas. Débora reconhece que Três Pontas é um lugar onde a música tem sido cada vez mais valorizada, não é a toa que é considerada a Capital Mundial da Música, mas afirma que o palco sempre foi diversificado e continuará sendo uma enorme vitrine, que trás pessoas por amor, sejam elas artistas ou admiradores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário